Abaixo-assinado Manifesto contra as distorções no resultado do Prêmio Funarte de Música Brasileira
Para: Funarte
Ao prezado Presidente da Funarte , Antônio Grassi.
A classe musical de Minas Gerais está estupefata com o que parece ser um veto a Minas por parte da comissão julgadora do Prêmio Funarte de Música Brasileira , ao selecionar apenas um único projeto oriundo do Estado entre 55 selecionados de uma lista que levou 6 meses para ser divulgada. Enquanto Estados como São Paulo , com 13 selecionados, e Rio De Janeiro, com 9, parecem ter sido evidentemente privilegiados, e enquanto macro-regiões inteiras tiveram menos projetos contemplados, o fato de que um dos Estados de maior e mais representativa produção musical contemporânea, com reconhecimento nacional e internacional, tenha sido sumariamente ignorado e omitido da relação de contemplados revela graves distorções na observância dos critérios que estão no próprio regulamento do edital, sobretudo o que estipula sobre a relevância da proposta no campo da Música Popular Brasileira, uma vez que é reconhecida a importância da produção contemporânea mineira na evolução das linguagens musicais no campo da dita MPB.
Em segundo lugar, faz-se necessário questionar o prazo exíguo para a impetração de recursos , uma vez que a lista foi divulgada sem a pontuação de cada projeto em cada critério, inviabilizando na prática o questionamento de qualquer distorção de avaliação. Além disso, o endereço eletrônico exposto no site da Funarte não está recebendo as mensagens.
Consideramos urgente algum posicionamento da Funarte sobre todos esse itens , sob pena de ficar uma mancha da edição desse Prêmio que, se dotado de mais recursos e avaliado com mais isenção, poderia ajudar a cobrir uma lacuna profunda no que tange à valorização da Música Brasileira, patrimônio nacional inconteste e ainda relativamente abandonado pelas políticas culturais do Minc e da Funarte nos últimos anos .