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Abaixo-assinado Como os brasileiros são atendidos no sistema do SUS no Hospital Federal de Bonsucesso

Para: Presidente da República Federativa do Brasil

PROTESTO PARA PRESIDENTA SRA DILMA ROSSEF
Meu nome é RONALDO SOUTO DE HOLANDA CAVALCANTI, tenho 68 anos, sou aposentado do INSS desde dez/2008, com salário mínimo, moro de favores com uma das minhas 2 filhas, no bairro do Maracanã, há 10 anos exerço a atividade de Corretor de imóveis, mas no momento estou impossibilitado de exercer esta atividade, sou natural do Rio de Janeiro e TENHO VERGONHA DE SER BRASILEIRO. Por quê? Porque temos uma mandatária no governo que devido ao sistema é permissiva e não toma as atitudes necessárias para evitar os descalabros e abusos que são cometidos na sua gestão presidencial, na área da saúde. Entretanto, quero ser porta-voz dos brasileiros que são assistidos pelo sistema do SUS, na rede de hospitais federais, no município do Rio de Janeiro, principalmente do Hospital Federal de Bonsucesso. Há 15 anos eu tive 1 infarto do miocárdio que comprometeu a parte final do coração, sem seqüela e nem necessidade de fazer uma revascularização miocárdica, ou seja, eu poderia sobreviver, tomando algumas precauções e tomando remédios que me manteria vivo por muitos anos. Obviamente que meu coração era comprometido e deu sinal de que estava pifando, porque na minha atividade de corretor de imóveis, todas as vezes que eu precisava visitar 2 ou 3 imóveis com o cliente, e normalmente estas visitas eram feitas à pé, eu retornava à loja em que trabalhava sentindo falta de ar e dores no peito. Por recomendação médica fiz um novo cateterismo e o mesmo acusou que eu estava com importante obstrução das artérias que tinham sobrado após o 1º infarto, o que me obrigava a fazer uma cirurgia de revascularização miocárdica. Fui internado no Hospital Federal de Bonsucesso e após 3 dias fiz a cirurgia. Aí começou o meu calvário. A cicatriz do peito ficou infeccionada, o que gerou a necessidade de uma reabordagem cirúrgica, o que foi feito 18 dias após a 1ª cirurgia. Deu certo, porque conseguiu-se controlar a infecção, porém obrigou-me a ficar internado mais 14 dias para receber o esquema de antibióticos, que era aplicado 3 vezes ao dia, via endovenosa. Cabe aqui esclarecer que o hospital dispõe de poucos leitos para atender a demanda de pacientes com problemas de coração. Para se ter idéia do problema, meu vizinho na enfermaria teve problema cardíaco e ficou 4 dias na emergência, sentado numa cadeira com aplicação de soro, onde tinha que dormir, comer e fazer suas necessidades, aguardando uma vaga na enfermaria para ser atendido, 1º para fazer um cateterismo e, sendo diagnosticada a necessidade de cirurgia, aguardar a hora para fazê-la. Aconteceu que por 2 vezes foi marcado o cateterismo, que não foi realizado, porque em ambos os casos, embora a única máquina estivesse em condições de realizar o exame, o local onde a mesma estava instalada teve problemas de alagamento, o que impediu os exames. Este meu vizinho foi internado na enfermaria no dia 21/11/11 e foi para casa em 23/12/11 para passar natal e passagem de ano com a família e retornar quando o local onde está instalada a máquina apresentar condições de fazer exames. No mesmo quarto em que fiquei aconteceu a mesma situação com meu outro vizinho, com a diferença que este pôde usar, enquanto esteve na emergência, uma cama portátil, cedida pela irmã que é uma profissional esteticista. Pude observar que vários pacientes estavam internados para 1º fazer o cateterismo. Observem que tanto em meu caso quanto dos pacientes que estão aguardando o cateterismo, durante todo o tempo de internação o hospital está arcando com despesas de alimentação, profissionais da área da alimentação, profissionais da área da saúde 24 horas, como médicos cardiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, profissionais da área de exames, como eletrocardiograma e raio X, profissionais da área da limpeza, profissionais da área da rouparia, medicamentos, etc... A enfermaria da cardiologia tem 38 leitos e a unidade coronariana tem 8 leitos, portanto um total de 46 leitos no setor do coração. Considerando que pelo menos 40% sejam pacientes como os citados acima, são em torno de 18 vagas que poderiam atender pacientes que estão na espera de 1 vaga. E o pior, a emergência lotada aguardando vagas para novos pacientes. QUEM RESPONDE POR TODO ESTE DESCALABRO E DESCASO? Ninguém, porque não existe punição para os responsáveis, pior, não existe o responsável. Até agora abordei o aspecto de vagas desperdiçadas e mau uso do dinheiro público. É UMA VERGONHA. Agora vou falar do atendimento ao paciente no que concerne ao serviço de hotelaria, começando pela alimentação. Esta é fornecida por empresas terceirizadas, que fornecem quentinhas no almoço e jantar, com refeições totalmente sem tempero, que se tornam para a maioria dos pacientes intragáveis. No meu caso em particular, tinha dias que conseguia comer somente a mistura, que consistia em carne picada, filé de frango, cubos de peixe, jogando fora todo o restante, no meu caso, massa, uma porção de legumes e uma porção de verduras. Quanto ao café da manhã ou lanches servidos à tarde e à noite, estes consistiam em 1 pão massudo acompanhado de um potinho de ricota, que o pessoal chamava de gesso molhado, e um potinho de geléia dietética de goiaba, que chamavam de risco de tinta, ou biscoito de água e sal acompanhado de uma fruta, que quando era banana ou laranja dava para comer, mas quando vinha pêra ou maçã, estas eram verdes, o que me obrigava a guardá-las por alguns dias, até que se tornassem comestíveis, sempre acompanhadas por um café com leite, achocolatado ou chá, e que eu não conseguia entender como é que conseguiam tornar estas bebidas horrorosas. Pude observar que a maioria dos pacientes, em torno de 60%, assim como eu, jogava a comida fora. Quase que diariamente uma nutricionista visitava as enfermarias com uma prancheta na mão, para perguntar aos pacientes se estes estavam se alimentando, sempre alegando que a alimentação é fornecida por empresas terceirizadas e nada poderiam fazer para alterar. Então para que a contratação de 1 nutricionista? Só para saber que o hospital desperdiçava 60% da alimentação fornecida pelas empresas terceirizadas, mostrando o mau uso do dinheiro público no quesito alimentação. Quanto ao quesito rouparia, no meu caso em particular, fiquei 3 dias sem poder fazer troca de roupa, obrigando-me a usar fraldões tamanho pequeno porque não tinha tamanho G, e a responsável pela rouparia alegou que naquela semana só tinham enviado para a lavanderia terceirizada as roupas tamanho pequeno. Fora estes quesitos, a maca em que estava instalado estava quebrada, não permitindo colocá-la numa posição mais confortável para dormir, considerando que era obrigado a dormir de barriga para cima e devido a posição, meus pés inchavam demasiadamente, além de não conseguir ficar na maca por mais de 3 ou 4 horas, obrigando-me a ficar sentado para suportar os incômodos da posição necessária para dormir, isto durante 32 dias. Quem responde pelo descaso da rouparia e manutenção das macas? NINGUÉM, É UMA VERGONHA. E para finalizar, quando eu manifestei minha insatisfação por tudo que foi relatado acima, recebi como resposta que eu ainda estava com sorte pelo atendimento, porque era gratuito, o que eu não concordo, porque tudo é pago com o dinheiro público, embora com muito descaso e mau uso das verbas colocadas à disposição dos hospitais federais do Rio de Janeiro. É ASSIM QUE O BRASILEIRO É TRATADO, PELO MENOS NO HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO, TODOS ELEITORES, E QUE ESPERAM MUITO MAIS DA REPRESENTANTE MAIOR DO BRASIL, NO MOMENTO A SRA DILMA ROUSSEF. QUERO ME FAZER PORTA-VOZ DE TODOS OS BRASILEIROS PARA MODIFICAR ESTA SITUAÇÃO DA SAÚDE, CONCLAMANDO TODO MUNDO QUE LEU ESTE PROTESTO A SE JUNTAR NUM ABAIXO ASSINADO, MANIFESTANDO SUA CONCORDÂNCIA ADICIONANDO SEU E-MAIL, E ASSIM A NOSSA PRESIDENTA ENTENDER QUE É PRECISO FAZER ALGUMA COISA PARA MELHORAR O ATENDIMENTO DO SISTEMA SUS, PELO MENOS NOS HOSPITAIS DA REDE FEDERAL.




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Esta petição foi criada em 25 dezembro 2011
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