Nota da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica)
Para: Aos associados da Compolítica
A Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica) vem a público
se posicionar diante dos recentes acontecimentos no cenário político nacional.
A Compolítica repudia veementemente:
- Todo e qualquer ato de corrupção, tal como tipificados na Lei, por parte de qualquer
pessoa, pública ou não;
- Toda e qualquer forma de cerceamento das liberdades de expressão, de associação e de
manifestação pública pacífica;
- Toda e qualquer forma de abuso do poder e das prerrogativas institucionais de qualquer
pessoa ou entidade investida de autoridade e responsabilidade públicas, em especial envolvendo
quaisquer atos que atentem contra os direitos e as garantias fundamentais de todos e quaisquer
cidadãos brasileiros;
- A parcialidade, a falta de isenção e a manipulação intencional da cobertura jornalística em
todos os seus formatos, com a finalidade evidente de produção de fatos políticos;
- A prática de vazamentos de informações ainda não propriamente investigadas, tais como
as originadas de depoimentos em regime de delação premiada;
- Toda e qualquer tentativa de ruptura da institucionalidade democrática e do Estado de
Direito vigentes no país.
A Compolítica considera o jornalismo uma prática fundamental para a democracia, e como
tal cabe a seus praticantes o dever de zelar pelos seus princípios éticos elementares. Nesse
sentido, entende que a não verificação exaustiva da veracidade das informações divulgadas pelos
veículos de comunicação, assim como a substituição da investigação jornalística criteriosa por
ilações que são tornadas públicas como se fossem verdades indiscutíveis, constituem não somente
procedimentos que ferem a Constituição Federal, mas que também comprometem a credibilidade
e a legitimidade da mídia enquanto instituição fundamental do regime democrático, sem o qual os
próprios meios de comunicação não podem existir livremente.
Entre os objetivos da Compolítica, como consta em seu estatuto, está o de “contribuir para
o desenvolvimento do País, promovendo e difundindo conhecimentos voltados para o
fortalecimento da democracia”. Por isso a associação não pode aceitar que a legalidade, a ordem
constitucional democrática e o respeito a decisões soberanas do povo brasileiro, tal como
estipuladas pela Carta Magna e suas instituições em vigor, sejam ameaçadas, colocando-se em
risco uma conquista alcançada a duras penas por várias gerações de brasileiros.
Fernando Latmann-Weltman – presidente
Arthur Ituassu – vice-presidente
Kelly Prudencio – secretária geral
Gestão 2015-2017
