Melhorias para a Turma EFAI 1oD
Para: Diretora Carolina Darolt - Marista Águas Claras
Águas Claras, Brasília, Março de 2025
Assunto: Solicitação de melhoria das condições da Turma EFAI 1°D
Prezados,
Nós, responsáveis dos alunos da turma do EFAI 1°D, viemos por meio desta solicitar melhorias urgentes nas condições de ensino e aprendizado de nossos filhos.
A turma, composta por 24 alunos, inclui pelo menos 3 crianças neuroatípicas. Conforme a legislação vigente:
1- Autismo: parágrafo único do art. 3 da Lei n°12.764 de dezembro de 2012. Determina que crianças com transtorno do espectro autista têm direito a acompanhante especializado no ensino regular.
2- TDAH: art. 3° Lei 14.254. Educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita, ou instabilidade na atenção, que repercutam na aprendizagem devem ter assegurado o acompanhamento específico direcionado à sua dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos seus educadores no âmbito da escola na qual estão matriculados e podem contar com apoio e orientação da área de saúde, de assistência social e de outras políticas públicas existentes no território.
Dessa forma, verifica-se que crianças com TEA e TDAH necessitam de assistência especializada, e portanto, precisam de um monitor além da professora titular. Além da turma não contar com esse auxílio de forma individualizada para os autistas, nesse momento, a saída da monitora Amanda deixou a professora Poliana praticamente sozinha cuidando da sala com pelo menos 2 autistas e 1 aluno com TDAH.
Além da questão da auxiliar, gostaríamos de destacar um problema crítico que tem afetado o bem-estar e a saúde das crianças: a temperatura excessiva da sala de aula. Embora a sala possua ar condicionado, este não pode ser utilizado devido à sobrecarga do sistema elétrico do prédio, o que resulta em um ambiente desconfortável e inóspito para as crianças e para os funcionários, dificultando o aprendizado e causando desconforto físico. O uso de ventiladores, como solução paliativa, além de não resolver, tem causado mais transtornos fazendo com que a professora Poliana se desgaste ainda mais falando muito alto para se fazer entender por uma turma agitada e incomodada pelo calor.
Entendemos que a empresa fornecedora de energia não estabeleceu um prazo para a resolução desse problema, e, portanto, solicitamos que a escola tome medidas imediatas para encontrar uma solução alternativa que garanta um ambiente adequado para o desenvolvimento das crianças. Considerando as altas temperatura que estamos vivenciando e pelo fato de que em Brasilia temos as épocas de seca e chuva bem definidas e não acreditamos que só esperar a Neoenergia vá resolver, antes de setembro (ápice da seca e temperaturas altas no DF). Citamos abaixo algumas sugestões levantadas, visando a solução do problema mencionado acima:
1. A instalação de climatizadores para amenizar a temperatura e diminuir o barulho na sala.
2. Uso de sistema de som com microfone para a professora poupar a voz e se fazer entender pela turma com menos esforço.
3. A utilização de toldos ou cortinas para bloquear a luz solar direta.
4. A possibilidade de realizar as atividades pedagógicas em ambientes mais frescos da escola (outra sala, por exemplo).
5. Estudo da viabilidade de captação de energia solar para conseguir utilizar os aparelhos de ar condicionado sem a dependência da Neoenergia.
Estamos dispostos a colaborar e participar de reuniões para discutir o tema, assim como buscar soluções em conjunto, pois acreditamos que a saúde e o bem-estar de nossas crianças devem ser priorizados.
Aguardamos um retorno sobre as providências que serão tomadas em relação a estas questões.